quarta-feira, junho 08, 2011

O nada é o tudo.



É interessante quando nos deparamos com um dia tão barulhento mas tão barulhento que, quase não podemos ouvir as tarefas que nos dispomos a fazer. Hoje foi um dia assim...barulhento, agitado e para completar, tive que buscar forças para acalmar minha cunhada que estava mais barulhenta que eu.

Tenho vivido dias assim. Meus pais, por circunstâncias da vida, estão morando comigo até irem definitivamente para a casa deles e, nesta transição, o caos se instalou em minha casa. Eles acham que estão na casa deles, meus irmãos acham que estão indo jogar seus problemas na casa dos meus pais (que é minha casa). Barulho, barulho, barulho!

E neste caos tem eu e o Lino, meu adorável esposo. Tão adorável que, por me amar, suporta marginalmente, todo este caos que desfila in front of us. O Lino é agradável, querido e, quando ri...ahhh quando ele ri, é o maior espetáculo da terra. Quando desejamos ficar só, apenas olhamos um para o outro e, como nesses filmes de efeitos especiais em que você se movimenta enquanto tudo à sua volta simplesmente pára, vamos por aqui, tocando nosso amor de almas entre olhares e suspiros.

Por um segundo hoje, desejei voltar para o Reino Unido...onde tudo é calmo, ordeiro e pacífico. É incrível como nós latinos somos tão sanguíneos que nossas vidas se resumen a ofegantes quedas-de-braço, mesmo que estas sejam em dias de lazer. Desejei hoje a sensação do nada que às vezes, o silêncio traz. Lá é assim: as pessoas vivem intensamente, trabalham, estudam, namoram, casam, vivem...mas em absoluto silêncio. É um silêncio que entranha em você e, quando percebe, já é parte daquilo tudo a ponto de esquecer suas origens. Mas tem uma particularidade, eles não fazem nada de extraordinário porque extraordinário é coisa de sanguíneo. Eles não fazem nada mas, esse nada com certeza meu amigo, é o tudo.

Be quiet,

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